Informativo

Rio, 9 de janeiro de 2015             

Três histórias de competência

O IBDD dá continuidade aos informativos dedicados a contar a história de vida de pessoas com deficiência famosas por sua competência.

Louis Braille

Louis Braille nasceu em 4 de janeiro de 1809 em Coupvray, na França, a cerca de 40 quilômetros de Paris. Morreu de tuberculose em Paris em 6 de janeirode1852, com apenas 43 anos.

Seu pai, Simon-René Braille, era fabricante de arreios e selas. Aos três anos, Louis feriu-se no olho esquerdo, a infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.

Na tentativa de que Louis tivesse uma vida o mais normal possível, os pais matricularam-no na escola local. Louis tinha enorme facilidade em aprender o que ouvia e em determinados anos foi selecionado líder da turma. Com 10 anos de idade, ganhou uma bolsa para o Instituto de Cegos de Paris. Em 1827, com dezoito anos, tornou-se professor do Instituto. Ao ouvir falar de um sistema de pontos e buracos inventado por um oficial para ler mensagens durante a noite em lugares onde seria perigoso acender a luz, fez algumas adaptações no sistema de pontos em alto relevo, e em 1829 publicou o seu método. No Instituto, o novo código só foi adotado oficialmente em 1854, dois anos após a morte de Braille. Em 1952, no centenário de sua morte, seus restos mortais foram transferidos para o Panthéon, em Paris.

O Braille é um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em alto relevo e que o deficiente visual distingue por meio do tato. A partir dos seis pontos relevantes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, números, sinais matemáticos e notas musicais. Sendo um sistema realmente eficaz, tornou-se popular. Hoje o método simples elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais. Em 1951, a Unesco criou seu código internacional oficial do Braille e fundou o Conselho Mundial Braille, a fim de uniformizar a escrita para cegos.

Quando Louis Braille inicialmente inventou o sistema de leitura, aplicou-o à música. O método funciona tão bem que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que vêem. O Braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Algumas pessoas têm tanta prática em ler Braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.

Os livros falados e os atuais programas de computador para cegos passaram a ocupar cada vez maior espaço na leitura, escrita e comunicação das pessoas com deficiência visual, mas o Braille continua sendo ferramenta indispensável de alfabetização e aprendizado dessas pessoas. Nada poderá ou deverá substituir o Braille como sistema base da sua educação. Por outro lado, a perfeição na escrita está relacionada com a leitura Braille, pois é através dela que o cego entra em contacto com a estrutura dos textos, a ortografia das palavras e a pontuação. A qualidade do ensino do Braille é decisiva para uma leitura correta, seguida da aquisição de hábitos de leitura. Não é possível ignorar a importância da cultura como fator de inclusão social, como instrumento de trabalho e como elemento de conscientização na vida das pessoas cegas.

 

 

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